segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Soneto ao Silêncio

Yvanna Oliveira

O meu silêncio tem um quê de sagrado

Fica guardado em teu olhar se desprende

tanto diz quanto te quero ao lado

Fala tão alto que teus olhas entendem


Deixo-o guardado; meu silêncio só teu

Pois sei que quando nossos olhos se amparam

Culto sagrado: teu silêncio no meu

Eles se guardam, nos protegem, se encaram


Nosso silêncio, sentimento, tem tom

Pura harmonia. Nosso amor faz-nos ver

Luz por saber que ouvir silêncio é um dom.


Faz-nos ouvir só o que carece de o ser

É melodia quando há ausência de som

É voz, sussurro, faz sorrir, dá prazer.

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